Um rebuliço tomou de assalto os pedestres que circulavam pela Praça da Alfândega, no Centro Histórico de Porto Alegre, na manhã de 10 de março de 1973. Quem cruzava o piso ondulado da Rua da Praia acabou atraído a espiar, perplexo, a concha que cobria um pesado telefone de ferro. Primeiro orelhão da cidade, o equipamento era do tipo moedeiro, com um disco fazendo as vezes de teclado numérico, escreve o portal GHZ. O estranho objeto estava cercado por servidores da CRT, ato registrado por uma fotografia em preto e branco. Com o fone fora do gancho, o retrato mostra um homem de calça social escura, paletó em tons claros e gravata. É Firmo Bernardes, designado para uma missão: faria a chamada inaugural. Funcionário exemplar, ligou para o chefe de todos na empresa. "Presidente, está inaugurado o orelhão da Praça da Alfândega. É o Firmo quem está falando", esclareceu o técnico-chefe da seção de instalação e manutenção da rede matriz, que acolhia a região central.
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